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| Assunto: 26.05.2011 - Futuro nos Trilhos Ter 28 Jun 2011, 09:17 | |
| 26.05.2011 - Futuro nos Trilhos
Dourados sedia hoje mais um encontro para discutir a viabilidade técnica e financeira da implantação do ramal da Ferroeste, que nasceria em Maracaju, passaria por Itaporã, Dourados, Caarapó, Juti, Naviraí, Itaquiraí até chegar em Mundo Novo, na divisa com o Paraná, de onde seguirá para o Porto de Paranaguá.
Batizada de “Dourados e Região nos Trilhos do Progresso – Ferrovias Norte-Sul e Ferroeste”, a audiência pública que acontece na Câmara Municipal, a partir das 19h, promete mobilizar autoridades políticas, líderes empresariais e representantes do setor público para cobrar uma definição sobre esse projeto que se arrasta há anos sem, contudo, apresentar qualquer resultado prático para Dourados e, por consequência, para todo Mato Grosso do Sul.
A fala mais esperada, certamente, será do engenheiro José Francisco das Neves, diretor presidente da Valec Engenharia, empresa responsável pela elaboração de um estudo de viabilidade da implantação de ferrovias na região, que poderá confirmar a vocação do Estado para o transporte ferroviário ou sepultar de vez esse projeto.
Para muitos, a vontade de ver a região dotada de uma moderna ferrovia não passa de utopia. Para outros, o sonho é vi-ável e deve ser incentivado pelos agentes públicos como forma de promover o desenvolvimento de toda região que passa-ria a oferecer uma moderna logística para escoamento tanto da produção sucroalcooleira, quanto de grãos e carnes.
Um dos que apostam no futuro da ferrovia em Mato Grosso do Sul é justamente o governador André Puccinelli, que na última reunião com governadores membros do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul) defendeu o traçado da ferrovia que liga o trecho Maracaju ao Porto de Paranaguá. Puccinelli também uniu forças ao governador do Paraná, Beto Richa, e bateu às portas do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, cobrando o empenho dos mais de R$ 1,4 bi-lhão que foram reservados para o ramal da Ferroeste no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que ainda não foi usado por questões burocráticas.
Ora, se o projeto é viável e se existe recurso disponível para uma obra desse porte, caberá aos participantes da audiên-cia pública que acontece hoje em Dourados apenas a missão de pressionar o governo federal para que as obras saiam do papel, transformando o discurso em algo efetivo. O ramal da Ferroeste precisa ganhar os trilhos do desenvolvimento para promover uma verdadeira revolução na economia de Mato Grosso do Sul, sobretudo das cidades de Maracaju, Itaporã, Dourados, Caarapó, Laguna Carapã, Juti, Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo, que serão impactadas diretamente pela ferrovia.
Mesmo porque, quando o ramal da Ferroeste for uma realidade, a produção de álcool e açúcar de Mato Grosso do Sul, bem como os grãos, carnes e até o minério, encontrarão no Porto de Paranaguá uma porta para o mundo, agregando ainda mais valor aos produtos manufaturados que saem do Estado. O ramal prevê a captação de 8,7 milhões de toneladas por ano de cargas, numa região que movimenta 33 milhões de toneladas por ano, ou seja, a obra se pagará em 20 anos.
Somente em pedágios, num cenário de captação de cargas de 10 milhões de toneladas anuais, a economia anual para os produtores será de R$ 137 milhões, de forma que em 20 anos a economia atingirá a impressionante soma de R$ 2,7 bilhões. Estudos da Ferroeste revelam que com a economia em pedágio, os sete anos seguintes ao fim do ramal Mara-caju/Porto Paranaguá seriam suficientes para pagar a ferrovia.
Tudo isso iria agregar valor à produção sul-mato-grossense e colocaria o álcool, o açúcar, a carne e os grãos do Estado para concorrer em condições de igualdade com as demais Unidades da Federação. Em meio a tudo isso existe ainda um sonho maior, que é a construção do ramal da Ferroeste entre Cascavel e Foz do Iguaçu, com sua ligação ao Puerto Presidente Franco, no Paraguai, criando condições para ativar a chamada rota bioceânica com a recuperação do modal ferroviário no corredor que permitirá a ligação rodoferroviária entre o porto de Santos e os portos de Arica e Antofagasta, no Chile. Tomara que a audiência desta noite possa apontar rumos viáveis para todos esses projetos! | |
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